Caminhoneiros estão sendo barrados carregados com donativos para o Rio Grande do Sul

Foto: Reprodução / SBT

Os veículos estão sendo interceptados e multados, atrasando as entregas

O programa “Tá na hora”, do SBT, comandado pelos apresentadores Márcia Dantas e Marcão do Povo, noticiou nesta terça-feira (07) que alguns caminhoneiros estão sendo impedidos de chegar com donativos para abastecer as regiões afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul e ainda estão sendo multados em rodovias do Estado.

Com os estragos causados pelas chuvas, muitas rodovias acabaram sendo interditadas por quedas de pontes e deslizamentos de terra.

O transporte terrestre está escasso e alguns lugares tornaram-se de difícil acesso devido ao bloqueio das estradas.

Caminhoneiros estão arriscando suas vidas e traçando rotas diferentes para conseguirem chegar às regiões que estão recebendo os donativos.

Porém, segundo o relato de caminhoneiros à equipe do “Tá na hora”, muitos motoristas estão sendo barrados por agentes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e multados.

Motoristas de cargas e voluntários ouvidos pelo programa confirmaram a veracidade da denúncia.

No flagrante apresentado pelo programa, os caminhoneiros estavam acompanhados da Defesa Civil e com documentos sobre as cargas, mas saíram notificados e multados após fiscalização da ANTT.

A notícia havia sido desmentida anteriormente, mas o programa mostrou que é verdadeira.

Nos últimos dias, saiu na mídia que doações estavam sendo impedidas de chegar aos locais afetados, por exigência de notas fiscais, licenças de pilotagem de jet skis, fiscalização de marmitas, entre outros pontos.

O governo do Rio Grande do Sul se pronunciou afirmando que a informação era falsa e que não estava impondo nenhum obstáculo para a chegada dos donativos.

Na denúncia apurada pelo SBT, os veículos estavam sendo barrados por não terem nota fiscal dos itens de doação e por estarem com excesso de peso.

Enquanto isso, pessoas vítimas das enchentes estão até mesmo sem água potável para beber e em abrigos improvisados em galpões e ginásios.

Após a reportagem veiculada em rede nacional, a ANTT e o governo não se manifestaram.