
Caminhões no porto. Foto: reprodução
A entrada em vigor do novo “tarifaço” — pacote de aumentos em impostos federais sobre diversos setores — já começa a provocar impactos diretos na economia real, especialmente no transporte de cargas e na logística nacional. Com os custos operacionais mais altos, empresas de diferentes segmentos estão revendo suas estratégias, o que pode resultar em menos fretes disponíveis nas rodovias e queda significativa na demanda por transporte.
O aumento de tributos sobre combustíveis, insumos e serviços essenciais tem pressionado os caixas de transportadoras, indústrias e comércios. Diante disso, muitas companhias têm optado por reduzir o volume de produção ou adiar envios, afetando diretamente o número de cargas que circulam pelo país.
Segundo especialistas do setor, o reflexo imediato é a diminuição da oferta de fretes. “Com menos produção e consumo, menos caminhões serão necessários nas estradas”, destaca um analista de logística ouvido pela reportagem.
Outro ponto de preocupação é o impacto sobre os autônomos. Caminhoneiros que dependem de fretes avulsos podem sentir a retração mais rapidamente, principalmente nas regiões onde a movimentação industrial e agrícola for mais afetada pelos aumentos.
Além disso, há o risco de um efeito cascata: com menos cargas disponíveis, a concorrência entre transportadores pode aumentar, forçando uma queda no valor do frete — mesmo diante de custos maiores com diesel, manutenção e pedágios.
Entidades representativas do setor de transporte e logística já demonstraram preocupação e cobram medidas de compensação por parte do governo, como isenções setoriais ou subsídios temporários para amortecer os impactos.
Se a pressão tributária continuar nos próximos meses, especialistas alertam que o mercado logístico pode entrar em uma fase de desaquecimento, afetando não apenas motoristas e empresas de transporte, mas toda a cadeia produtiva brasileira.
Esta postagem foi publicada em 7 de agosto de 2025 09:31
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