Foton planeja ampliar montagem no Brasil para 3,6 mil caminhões por ano até 2026

Foto: Reprodução / Internet

A Foton, fabricante chinesa de veículos comerciais, projeta expandir significativamente sua capacidade de montagem no Brasil, elevando a produção das atuais cerca de mil para aproximadamente 3,6 mil caminhões por ano até o final de 2026. A meta inclui aumentar a produção diária de três a quatro unidades para 14 caminhões, passando por um patamar intermediário de sete veículos por dia em 2025. Essa expansão será possível com a implantação de duas frentes de produção na planta da Agrale, em Caxias do Sul (RS), uma voltada aos modelos leves e outra à linha média, o que deverá otimizar o fluxo fabril e acelerar o desenvolvimento de novos veículos

Desde abril, toda a produção local, realizada no regime CKD (montagem de kits importados), ocorre no parque industrial da Agrale. Atualmente, o portfólio da Foton no Brasil inclui o semileve Aumark de 3,5 toneladas, o semipesado Auman de 17 toneladas, a picape híbrida Tunland (diesel e elétrica) e o caminhão elétrico iBlue, com capacidade para até 6 toneladas. Um utilitário leve chamado Wonder está em fase final de homologação e deverá ser lançado em breve.

A empresa também avança na ampliação da rede de concessionárias, que já cresceu de 24 para 52 desde o início da operação direta em 2023, com expectativa de fechar o ano com 80 unidades operacionais. Paralelamente, busca elevar o nível de nacionalização dos componentes, atualmente em torno de 30%, para pelo menos 60%, com o objetivo de obter acesso a linhas de crédito como o Finame, do BNDES.

Além disso, os planos da Foton incluem se posicionar como um centro regional de exportação para o Mercosul, com possíveis instalações de fábricas no Brasil, Argentina e México voltadas à produção de veículos a combustão, híbridos e elétricos. A estrutura resultante também será apoiada por centros logísticos no Chile e Panamá, abastecendo 32 pontos nacionais na América Latina, com o objetivo de alcançar até 80% de conteúdo regional nas peças utilizadas até o final da década