
Caminhoneiro fazendo sinal negativo Foto: Reprodução / Internet
O Brasil atravessa um momento delicado no setor de transporte rodoviário: a falta de motoristas profissionais se torna cada vez mais evidente e preocupa empresas, sindicatos e especialistas da área. A categoria, que já foi símbolo de prestígio e reconhecimento, hoje enfrenta dificuldades que afastam novos trabalhadores e aceleram a saída de veteranos das estradas.
Entre os fatores que explicam essa redução estão as longas jornadas de trabalho, a pressão por prazos curtos, os baixos salários em comparação ao esforço exigido e a falta de infraestrutura adequada nas rodovias, como pontos seguros de descanso. Além disso, a insegurança nas estradas, marcada por assaltos e riscos constantes de acidentes, também desestimula a permanência na profissão.
A situação é tão crítica que muitas transportadoras relatam dificuldade em preencher vagas, mesmo oferecendo capacitação. Jovens, que poderiam renovar a mão de obra, não demonstram interesse em seguir carreira, principalmente pela rotina desgastante, pelas ausências familiares e pelas poucas perspectivas de ascensão.
Outro ponto que agrava o cenário é a exigência de cursos e especializações, que embora necessários para garantir segurança, muitas vezes representam custos altos que o motorista precisa arcar antes mesmo de conseguir o emprego. Sem incentivos ou apoio, muitos desistem.
O resultado é um apagão silencioso de mão de obra que afeta diretamente a economia, já que mais de 60% das mercadorias no país circulam pelas estradas. A escassez de motoristas gera atrasos, encarece o frete e, consequentemente, impacta os preços para o consumidor final.
Para especialistas, é urgente repensar políticas públicas e iniciativas privadas que tornem a profissão mais atrativa. Programas de apoio, melhores condições de trabalho, investimentos em segurança e valorização salarial são vistos como caminhos para frear a perda de profissionais.
Enquanto isso não acontece, o país continua a perder motoristas a cada dia — um alerta que, se ignorado, pode comprometer o coração do transporte nacional.
Esta postagem foi publicada em 13 de setembro de 2025 08:51
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