Ferrovia

Maior obra ferroviária do Brasil atinge 73% e deve ficar pronta em 2026

A maior construção da ferrovia do país segue avançando, agora com 73% concluídos. Feita pela Rumo Logistica, uma companhia ligada à Cosan, a linha pode mudar o jeito de levar soja de Mato Grosso ao Porto de Santos, terminando lá pelo começo do segundo semestre de 2026. Gastaram R$ 5 bi só na fase inicial enquanto quase cinco mil pessoas atuam nisso diariamente. O serviço caminha forte – chega a crescer perto de um quilômetro por dia.


Ao seguir pela BR-163, dá pra avistar equipamentos pesados, veículos em movimento, esteiras rolantes e gente ativa o tempo todo. O serviço já terminou boa parte da nivelagem do solo, agora segue com estruturas elevadas e travessias sobre rios. A linha de trem cresce por 743 km, alongando a rede norte que transporta cargas hoje entre Rondonópolis (MT) e Santos (SP). Graças ao itinerário novo, os trilhos vão chegar perto de áreas importantes, tipo Lucas do Rio Verde, ponto forte no agronegócio brasileiro.


Hoje, caminhões rodam mais de 500 km do campo até o terminal em Rondonópolis. Porém com a linha nova, esse percurso encolhe bastante. Quando a viagem passa de mil quilômetros, usar trem pode baixar gastos pela metade. Além disso, trens trazem menos desgaste nas estradas. Assim, o escoamento da produção fica mais firme no dia a dia. E isso ajuda muito quem planta e vende.


A construção começou em 2022 usando um sistema de permissão estadual, diferente dos modelos comuns de contratos federais. O plano todo tem três etapas: a inicial, ligando Rondonópolis a um posto novo em Dom Aquino/Campo Verde, já tá rolando e vai suportar até 10 milhões de toneladas anuais. As próximas partes, rumo a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, seguem esperando definição sobre o investimento. Há previsão de um desvio pra Cuiabá, só que sem prazo marcado ainda.


Na época em que contaram sobre a ferrovia, achavam que custaria algo entre 14 e 15 bilhões de reais. Agora, a Rumo diz que tá ajustando esses números, com decisão prevista até janeiro de 2026 pelo conselho se seguem nas próximas etapas. A empresa ainda comentou que, caso os juros caiam, daria pra avançar mais rápido na parte que falta construir.


Só este ano, chegaram doze mil vagões de trilho vindos da China – isso dá quase nada menos que nove vezes o peso total da Torre Eiffel. O tamanho dessa obra tem chamado a atenção até mesmo dos fazendeiros, que veem com bons olhos o progresso, embora digam que o preço do transporte só vai cair pra valer se mais trens começarem a disputar os mesmos caminhos. Grupos do campo afirmam: sem essa briga entre linhas diferentes, não adianta esperar barateamento real; obras como Ferrogrão e FICO precisam andar logo pra mudar esse jogo.


Enquanto ainda não decidem os passos seguintes, a primeira etapa continua em ritmo acelerado. Muitos especialistas veem na ferrovia uma virada crucial para a logística nacional, abrindo caminho para mudanças no transporte de longa distância; isso ligaria a região produtora do Brasil ao maior porto da América Latina com mais agilidade, gasto reduzido e força maior no mercado internacional.

Esta postagem foi publicada em 30 de novembro de 2025 19:58

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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