Ele explica como ganhar dinheiro com caminhão.
Insatisfeito ele comenta a realidade dos caminhoneiros
Ricardo é um caminhoneiro autônomo experiente, que atua desde 2007 com carreta e comenta sobre a sua insatisfação e como os altos custos estão impactando no lucro e nas manutenções dos veículos.
Para a região dele, comenta que quem faz frete tem que ganhar em torno de R$ 200 a 220 reais, para cada viagem. Quando finalizar sobrará em torno de R$ 300 a 400 reais. Como será feiro o calculo dos pneus e manutenções então? Ele comenta que da forma como está com combustível nas alturas e frete baixo, não tem como. É melhor largar tudo e escolher fazer outra coisa na vida.
Como eles estão trabalhando hoje, intensamente, se comprar um caminhão zero dentro de um ano ele estará todo arrebentado. Todavia, Ricardo comenta que o caminhão deve ser “olhado” como uma empresa e não como um meio de vida.
Tem que administrá-lo bem, separando um pró-labore baixo, mantendo um bom fluxo de caixa. A vida vai te ensinando, ou você domina ela ou ela te engole, diz. Vai observando como algumas pessoas acertaram e então vai aprendendo com elas.
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Seu custo de vida tem que ser bem reduzido, para sobrar alguma coisa para conseguir fazer a manutenção necessária no caminhão. Tem que ter um fluxo de caixa para em casos de dificuldades em que você não tenha totalmente o dinheiro, contará com uma reserva para tentar suprir e não se endividar.
Nesse caso que fique com uma pequena parcela que dê para pagar e resolver de uma forma bem fácil. Ricardo comenta que faz isso em cada frete, calculando pedágio, óleo e uma parte para manutenção do caminhão. Ele alega que nem sempre dá, mas na maioria dos fretes dá até para chegar em um resultado final positivo.
Como exemplo em um frete de R$ 5.000,00, ele separa o valor do óleo e pedágio que supões ser uns R$ 3.000,00, separando desses 3 mil 15% como o desgaste do caminhão e se conseguir separar mais, melhor ainda.
Ele alega que puxa grãos para o Porto de Santos e seu trajeto é São Paulo, Goiás e Mato Grosso. Pelos cálculos ele comenta que está deixando de fazer Goiás, pois estaria pagando para trabalhar e desta forma ele prefere ficar parado.
Ele comenta que na entressafra os produtores colocam o preço no frete que querem e por esse motivo não tem margem para o caminhoneiro negociar e somente os mais inexperientes, acabam aceitando, mas no final percebem que não ganharam nada e acabam desistindo da profissão.
Ricardo alega que ele está se mantendo, não está sobrando, mas em tempos de crise ele vai tentando se virar. Essa é a realidade do caminhoneiro hoje. Não há do que falar que os empregos estão em crescimento e que a economia vai bem, se fosse assim, os caminhoneiros seriam os primeiros a elogiarem, mas não é isso o que está acontecendo.
O governo atual está incentivando o cooperativismo, isso é uma boa solução? Na opinião do Ricardo isso não e a solução, pois tem muita empresa e cooperativa que não agem corretamente. O correto é que o governo elabore o piso do frete e que seja votado no Congresso, ai sim seria a solução.
Assista ao vídeo e veja essa e outras dicas do Ricardo, que deu uma verdadeira aula de administração, em especial para os mais jovens, que estão querendo ingressar na profissão.
Redação – Brasil do Trecho
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