Caminhoneiro reclama da baixa demanda por frete

Caminhoneiro reclama da baixa demanda por frete
Caminhoneiro triste. Foto: Reprodução / Canal do Polacão

Variação sazonal e queda no frete de grãos podem estar por trás da oferta reduzida de frete.

O caminhoneiro Geovane, do canal “Vida de Caminhoneiro“, conversou com outro profissional — conhecido como QRA Baleia — de Araguaína, no Tocantins. “Baleia” transporta grãos e confessou ao colega de profissão que a demanda por frete está baixa.

Segundo ele, o valor elevado do diesel e a escassez de demanda por frete estão dificultando os ganhos na profissão. A percepção do caminhoneiro faz sentido, uma vez que o frete de grãos no Centro-Oeste registrou uma queda de 15% em agosto, conforme o Itaú BBA.

Para a instituição, houve um pico na oferta de frete em fevereiro, devido ao escoamento da safra de soja. Março registrou uma queda, se estabilizando em abril, e em junho houve alta, impulsionada pelo início da colheita de milho de segunda safra. Com a defasagem do diesel em relação ao preço no mercado internacional, ocorreu um desestímulo às importações, diminuindo a demanda por fretes em agosto.

Variações sazonais

A variação sazonal no frete rodoviário brasileiro é uma realidade significativa e influencia diretamente a dinâmica desse setor ao longo do ano. Ela está ligada a fatores climáticos, culturais e econômicos que impactam a demanda e a oferta de transporte rodoviário em diferentes épocas.

Aqui estão alguns pontos-chave dessa variação:

  • Safra agrícola: a agricultura é um dos principais setores do transporte rodoviário no Brasil. A colheita e o transporte de safras como soja, milho e cana-de-açúcar geram picos de demanda em determinadas épocas do ano, como durante a colheita.
  • Setor de e-commerce: o e-commerce tem crescido significativamente no Brasil, e eventos como a Black Friday resultam em picos de oferta por entregas, aumentando a necessidade do transporte rodoviário durante o mês de novembro.

Essa variação sazonal pode criar desafios para transportadoras e caminhoneiros autônomos, exigindo planejamento e ajustes para lidar com os picos e quedas do frete ao longo do ano. Portanto, compreender e antecipar essas variações é essencial para o sucesso no setor do frete rodoviário.