Mulher no volante não é perigo constante

A primeira vista, a imagem pode surpreender, e muito. O que aquela simpática senhora está fazendo ao volante daquele enorme rodotrem? E mais assustador É imaginar como ela colocou-o na vaga, da qual, agora, vai sair.

Essa imagem há quatro ou cinco décadas seria praticamente impensável. Mesmo as mulheres dirigindo carros de passeio eram, para muito, visões que surpreendiam. Além das críticas sobre a capacidade de as mulheres conduzirem um veículo com segurança.

Mas as mudanças trazidas pelo tempo e pelo desenvolvimento também mudaram o cenário socioeconômico aqui e no mundo e não é estranho ver-se mulheres ao volante de caminhões e de ônibus e, mesmo, comandantes de aeronaves comerciais.

Os números mostram que a simpática senhora ao volante do enorme caminhão pertence, em termos estatísticos, a um grupo de motoristas que prima pela segurança. Dados recentes revelam uma tendência relevante: as mulheres estão mostrando maior cautela ao volante e, por conseguinte, menor responsabilidade por acidentes fatais. Em 2022, dos 3.361 condutores que perderam a vida em acidentes de trânsito, apenas 7,3% eram mulheres.

Assim, não surpreende a visão da simpática senhora ao volante de um rodotrem e, em especial, se levarmos em conta que o instrutor, no caso, é seu filho, um profissional do volante para quem aquele caminhão não é novidade. É a ele que cabe orientar a mãe na saída da vaga.

Assim, se considerarmos a dupla mãe/filho, sendo ele um profissional do volante, para quem dominar aquele caminhão é rotina diária, pode-se ter certeza de que ela vai fazer a manobra corretamente e ele vai realizar, com sucesso, sua missão: orientar a motorista, no caso, sua mãe, a tirar o caminhão corretamente da vaga.