Foto: Paulo Pires
Motoristas do Distrito Federal voltaram a sentir no bolso o peso dos combustíveis. Nesta semana, o preço da gasolina comum nos postos de Brasília chegou a R$ 6,69, segundo levantamento feito em diversos pontos da cidade. O aumento reacende a preocupação com o custo do transporte e os impactos em cadeia sobre a economia local.
Em alguns postos da Asa Norte e de Ceilândia, o litro da gasolina variava entre R$ 6,39 e R$ 6,69, com tendência de novos reajustes nas próximas semanas. Segundo revendedores, os aumentos se devem à combinação entre elevação no preço das refinarias e custos logísticos, especialmente com o transporte do combustível vindo de outros estados.
Além disso, o mercado acompanha com atenção a possibilidade de novos repasses em decorrência da valorização do petróleo no cenário internacional e da variação do dólar.
Para motoristas de aplicativos, entregadores e trabalhadores que dependem do veículo diariamente, a alta representa mais um desafio. “Trabalho com aplicativo e já tive que reduzir minhas corridas. Está ficando inviável abastecer”, relata Lucas Andrade, motorista em Taguatinga.
Taxistas e caminhoneiros autônomos também relatam dificuldades para manter a operação lucrativa. “Subiu tudo: manutenção, pneu, e agora a gasolina. A conta não fecha”, afirma João Ribeiro, caminhoneiro que faz entregas no DF.
Economistas afirmam que o aumento da gasolina afeta não só o transporte individual, mas também pressiona o preço de alimentos, mercadorias e serviços. O reflexo pode ser sentido na inflação dos próximos meses, especialmente em um cenário de recuperação econômica lenta.
“Quando o combustível sobe, o custo de toda a logística aumenta. Isso chega nas prateleiras do mercado, no frete e até no preço da passagem de ônibus, dependendo da política local”, explica Marina Torres, economista e professora da UnB.
Até o momento, não há previsão de medidas de contenção por parte do governo federal ou do GDF. O último reajuste da Petrobras nas refinarias foi repassado de forma parcial pelos postos, mas revendedores dizem que novas remessas já chegaram com valor mais alto.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve divulgar um novo balanço semanal de preços nos próximos dias, o que pode confirmar a tendência de alta em outras capitais do país.
Enquanto isso, motoristas do Distrito Federal seguem tentando driblar o aumento com aplicativos de comparação de preços e abastecendo em menor quantidade.
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