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Transportadoras terão que se adequar ao novo cenário brasileiro com “tarifaço” e falta de mão de obra qualificada

O setor de transporte rodoviário de cargas, que já enfrenta altos custos com combustíveis e manutenção, agora encara dois novos desafios que podem mexer diretamente na operação das empresas: o chamado “tarifaço” e a crescente escassez de mão de obra qualificada.

Especialistas alertam que o impacto será sentido principalmente pelas transportadoras de médio e pequeno porte, que terão de se adaptar rapidamente para não perder espaço no mercado.

Tarifaço pressiona custos e reduz margem de lucro

O aumento de tarifas e encargos em diferentes setores da economia tem reflexo direto no transporte de cargas. Além da alta nos combustíveis, as empresas precisam lidar com reajustes em pedágios, tributos e insumos, o que reduz a margem de lucro e pode encarecer o frete para o consumidor final.

“Se não houver repasse desses custos, muitas transportadoras terão dificuldade em se manter competitivas. Mas, ao mesmo tempo, se os preços subirem demais, a demanda por fretes pode cair”, explica um consultor de logística.

Falta de motoristas qualificados agrava o cenário

Outro problema que preocupa o setor é a escassez de motoristas qualificados. Apesar de o Brasil ter milhares de profissionais habilitados, o número de caminhoneiros com experiência comprovada e aptos a lidar com a tecnologia embarcada nos novos veículos não é suficiente para atender à demanda.

Além disso, o alto índice de desistência na profissão, causado por jornadas longas, insegurança nas estradas e baixa valorização salarial, contribui para o déficit de mão de obra.

Necessidade de adaptação

Para especialistas, as transportadoras terão de investir em tecnologia, gestão mais eficiente e programas de capacitação de motoristas. Aquelas que conseguirem equilibrar custos, reter talentos e oferecer serviços de qualidade devem se destacar no novo cenário.

Já as empresas que não se adaptarem podem enfrentar sérias dificuldades, correndo o risco de reduzir frotas, demitir funcionários ou até encerrar atividades.

O setor de transporte, que é a base da logística nacional e responsável por movimentar a economia em praticamente todos os segmentos, vive um momento de incertezas. O “tarifaço” e a falta de profissionais qualificados não são apenas problemas internos, mas reflexos de uma conjuntura econômica e social que atinge todo o país.

Esta postagem foi publicada em 18 de agosto de 2025 06:22

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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