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Só promete? Caminhoneiros cobram ações do governo Lula e dizem que promessas seguem sem sair do papel

Desde sua primeira candidatura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido lembrado por prometer melhorias nas condições de trabalho dos caminhoneiros — uma das categorias mais importantes para a economia nacional. No entanto, segundo representantes e trabalhadores do setor, poucas das medidas anunciadas realmente saíram do papel.

Os motoristas apontam que continuam enfrentando os mesmos problemas estruturais há anos: alto preço do diesel, falta de pontos de parada adequados, insegurança nas estradas e longas jornadas de trabalho. Além disso, o cenário econômico e o avanço da automatização no transporte têm ampliado o sentimento de abandono entre os profissionais.

Durante a campanha de 2022, Lula chegou a afirmar que priorizaria políticas voltadas ao transporte rodoviário e prometeu revisar a política de preços dos combustíveis. Contudo, na prática, o impacto dessas ações ainda é limitado — especialmente para os autônomos, que seguem sem acesso facilitado a crédito e programas de renovação de frota.

“Falam muito, mas o caminhoneiro continua sendo esquecido. Estamos pagando caro no combustível, dormindo mal e enfrentando roubos nas estradas”, afirmou um motorista que atua há mais de 20 anos no trecho entre São Paulo e o Nordeste.

Especialistas defendem que o governo precisa adotar medidas urgentes, como a ampliação de pontos de parada regulamentados, a revisão tributária sobre o diesel e políticas de incentivo para a categoria autônoma. Enquanto isso não acontece, cresce a sensação de que o discurso político em torno dos caminhoneiros segue sendo apenas uma promessa antiga, nunca cumprida.

Esta postagem foi publicada em 22 de outubro de 2025 07:57

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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