Greve dos caminhoneiros

Vai ter greve dos caminhoneiros, veja as reivindicações.

O clima nas estradas pegou fogo de novo. Caminhoneiros independentes com lideranças do ramo marcaram uma greve geral no dia 4 de dezembro de 2025, dizendo que o sistema de frete tá afundando em crise sem barulho.

A convocação aparece em grupos do WhatsApp, passa por lives e corre nas redes sociais, então juntam-se caminhoneiros dizendo que já não têm como seguir com os preços altos, instabilidade nas leis e ausência de regras definidas pra quem trabalha na estrada.

Quem comanda o movimento diz que não quer só protestar, em vez disso pretende pressionar governo e parlamento para conversar sobre mudanças urgentes, aquelas que já deram tempo de sobra para acontecer.

Embora tenha havido forte movimento, gente ligada à área diz que não se sabe ao certo como será a participação em todo país, porque vários motoristas estão preocupados com processos na justiça ou apreensão de carga – coisas que aconteceram nos atos passados.

Mesmo assim, as exigências começaram a circular com tudo. Depois disso, confira o que esse grupo quer de verdade.

Principais pautas estruturais (prazo até 04/12/2025)

  • Estabilidade contratual: regras claras para impedir discriminação na contratação e permitir recusa apenas com justificativa comprovada.
  • Revisão completa do Marco Regulatório do Transporte: reestruturação das normas para reduzir burocracia, insegurança jurídica e falta de proteção ao trabalhador.
  • Anistia total para manifestantes dos últimos 10 anos: perdão presidencial, desbloqueio de contas e devolução de bens apreendidos.
  • Manutenção e reajuste do piso mínimo do frete: especialmente para veículos de 9 eixos, devido à defasagem dos custos.
  • Congelamento de dívidas por 12 meses: suspensão de cobranças e possibilidade de refinanciamento em até 120 meses.
  • Fim da pesagem entre eixos: isenção da fiscalização quando o peso total estiver dentro do limite legal.
  • Aposentadoria especial após 25 anos de atividade: devido ao risco, isolamento e longas jornadas.
  • Cumprimento rigoroso da Lei do Eixo Erguido: pedágios devem respeitar a regra e não cobrar quando o eixo estiver suspenso.
  • Linha de crédito de R$ 200 mil: disponível para autônomos, inclusive negativados, para renovação e manutenção da frota.

Outras pautas específicas do movimento

  • Construção de Pontos de Parada e Descanso (PPDs): essenciais para cumprimento da Lei do Descanso e para segurança nas estradas.
  • Anistia completa de multas e registros administrativos: para motoristas envolvidos em protestos anteriores.
  • Participação política do setor: inclusão de representantes dos caminhoneiros em órgãos públicos.
  • Reserva de 30% das cargas estatais para autônomos: proposta para equilibrar espaço com grandes transportadoras.
  • Subsídio ao diesel e redução do teor de biodiesel: devido ao maior consumo e custo elevado do combustível.
  • Criação de escolas de formação para filhos de caminhoneiros: com modelo semelhante ao SESI.
  • Criação da Justiça do Transporte: órgão exclusivo para conflitos e decisões do TRC.
  • Isenção de IPI na renovação de veículos: voltado para autônomos que precisam atualizar a frota.
  • Suspensão da Lei do Descanso: incluindo pausa das 11 horas obrigatórias e anistia de multas, justificando falta de estrutura nas rodovias.

Você é a favor de uma nova greve? deixe nos comentários a sua opinião.

Esta postagem foi publicada em 30 de novembro de 2025 08:13

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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