
Caminhoneiros em greve Foto: Reprodução / Agência O Globo
Desde a grande paralisação dos caminhoneiros em 2018, muita coisa mudou nas estradas do Brasil. Naquele ano, o país praticamente parou. Faltou combustível, comida, remédio e toda população sentiu o peso de quem sobrevivi atrás de um volante de caminhão. Depois daquela grve, sempre que surge uma notícia falando em nova greve, o assunto ganha repercusão, mas a verdade é que nenhuma dessas ameaças vingou de lá pra cá.
O caminhoneiro hoje vive uma realidade bem diferente. A maioria está endividada, com caminhão financiado, contas atrasadas e família dependendo do que entra todo mês. Parar por vários dias, como aconteceu em 2018, virou um risco grande demais. Muitos até reclamam do preço do diesel, do frete baixo e das condições das estradas, mas na hora de cruzar os braços, o medo de não conseguir pagar as contas fala mais alto.
Outro ponto é a falta de união. Depois da paralisação de 2018, surgiram muitas lideranças diferentes, cada uma puxando para um lado. Isso enfraqueceu o movimento. Enquanto alguns defendem parar tudo, outros preferem seguir rodando, mesmo insatisfeitos. Sem todo mundo junto, a greve perde força antes mesmo de começar.
Também pesa o fato de que muita coisa mudou na fiscalização. Hoje há mais controle, multas, contratos e pressão das empresas. Caminhoneiro autônomo que depende de aplicativos ou de poucas cargas fixas sabe que, se parar, pode perder serviço. E recuperar depois não é fácil.
Esta postagem foi publicada em 13 de dezembro de 2025 05:50
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