Um motorista de caminhão foi abordado em um posto da PRF, em Ponta Porã, e durante inspeção na cabine o forte cheiro de diesel chamou atenção do agente.
No posto fiscal da PRF da BR — 463 em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, é realizado diversas abordagens por dia, devido o trecho fazer fronteira com o Paraguai, facilitando a entrada e saída de produtos ilegais entre os dois países.
Fui numa dessas fiscalizações que um caminhão Scania 112 de cor branca foi parado. Como de costume, os agentes pedem para o motorista descer do veículo, checa os documentos de porte obrigatório, do veículo e do condutor, e faz uma série de perguntas.
De onde o motorista vem, para onde vai, o que está transportando, etc. Nesse caso, o caminhão estava carregado com soja e seguia para Paranaguá, Paraná. Os policiais conferiram o compartimento de carga, mas nada encontraram de ilícito.
Surpresa na cabine
Mesmo não encontrando irregularidades no compartimento de carga, o policial que realizava a entrevista com o motorista, enquanto os outros checavam a carga, desconfiou das informações passadas pelo condutor.
Então, decidiram inspecionar a cabine. O cheiro forte de diesel chamou a atenção do PRF, que perguntou ao condutor o motivo, ele respondeu ser vazamento na bomba.
Segundo a PRF, borrifar diesel ou outros líquidos na cabine é uma forma de ocultar o cheiro da droga transportada. Ao intensificar a inspeção, o agente desconfiou do encosto, onde fica a cama.
O “caminhoneiro” foi questionado se, além da soja, transportava algo ilícito, mas negou. Os policiais resolveram rasgar o forro do compartimento e ao pressionar com uma chave de fenda, descobriram que havia maconha ali.
Foi colocado maderite e uma chapa de metal no encosto da cama, onde vários tabletes de maconha eram transportados. O homem foi preso em flagrante e disse que aceitou transportar a droga porque precisava de dinheiro para pagar o motor do caminhão, que havia batido. Segundo ele, o dinheiro arrecadado com fretes era insuficiente.
Um total de 287,40 kg de maconha foi apreendida. O valor estimado da droga é de R$ 623.198,00.
Redação – Brasil do Trecho